Para entender o dízimo hoje é preciso ter em mente duas coisas fundamentais: Primeiro, tudo o que somos e o que temos vem de Deus, nada é nosso, tudo nos é dado gratuitamente por Deus. Segunda coisa é que nós pertencemos a uma comunidade, não vivemos sozinhos, participamos de uma comunidade e somos responsáveis por ela.
Assim, o dízimo, para nós dizimistas, assume os seguintes significados:
· Culto de louvor a Deus. O dízimo expressa nosso amor e fidelidade ao Pai;
· Reconhecimento de que tudo o que temos vem de Deus. Nada é nosso. Tudo o que “conquistamos” foi-nos dado por graça de Deus;
· Comunhão com os irmãos. O que temos foi-nos dado para ser colocado em comum para que cada um receba segundo as suas necessidades. Dízimo é partilha. E partilhar não é dar o que nos sobra, mas dar o que o outro precisa;
Por outro lado, para quem administra o dízimo, ele tem o significado de manutenção. É o que torna possível a vivências das três dimensões da ação evangelizadora da Igreja: dimensão religiosa, dimensão missionária e dimensão social.
A dimensão religiosa se refere à manutenção do templo, da liturgia e dos sacerdotes. É com o dízimo que são pagas todas as despesas relacionadas à igreja-templo: energia elétrica, água, telefone, impostos, reformas, etc. Também são comprados todos os materiais de uso nas liturgias. Você já parou para pensar o quanto se gasta para que aconteçam as missas em sua comunidade? São as hóstias, as velas, os folhetos, os livros de canto, as vestes litúrgicas, os objetos sagrados e alguns outros materiais.
Outra dimensão apoiada pelo dízimo é a dimensão missionária. A Igreja é chamada à missão, a anunciar o Evangelho aos quatro cantos do mundo. E essa ação missionária também requer investimentos. Nada é de graça. O dízimo tem o papel de financiar as atividades missionárias e de formação dentro da comunidade.
A terceira dimensão em que o dízimo é fundamental é a dimensão social. A Igreja Católica fez uma opção preferencial pelos pobres. Tem o dever de promover e ajudar os que sofrem. É missão de todos nós. É com o dízimo que a comunidade pode realizar as obras de caridade e promoção humana, tão necessárias nos dias de hoje.
Vemos o outro lado da moeda, o lado que muitas pessoas ainda seguem observando e colocando em prática no decorrer de suas vidas, de suas teorias. O que o dízimo não é?
O dízimo não é imposto. A Igreja não cobra impostos de seus fiéis. Como vimos, devolver o dízimo não significa tirar 10% de tudo o que ganhamos. Dízimo é partilha, é ir ao encontro das necessidades da sua comunidade.
Dízimo não é mensalidade. Não podemos pensar no dízimo como uma mensalidade obrigatória para a participação na Igreja. Em um clube, é obrigatório o pagamento da mensalidade para que você possa entrar e se divertir nele. O não pagamento dela implica na perda do direito de utilizar o clube. Na Igreja, não existe mensalidade. A Igreja está aberta e sempre estará aberta à participação de todos. O Dízimo é uma oferta livre e espontânea. Sinal do nosso compromisso com Deus e com a comunidade.
Dízimo não é investimento. Precisamos ter muito cuidado com uma idéia de dízimo como um investimento. “Vou dar o meu dízimo para que Deus me abençoe e me dê tudo o que quero”. Em muitos lugares as pessoas são enganadas com esse tipo de proposta: “Pague o seu dízimo e você verá o que Deus irá fazer em sua vida!”. E, assim, as pessoas dão tudo o que tem com o interesse de que Deus lhes dê um bom emprego, uma casa nova, um carro de luxo, etc. Dízimo é ação de graças, é reconhecimento de que tudo o que temos vem de Deus. Nada é nosso.
Diante de tudo isso, nos resta fazermos uma análise de nossa vida e pensarmos se estamos realmente comprometidos com a obra de Deus, comprometidos com a Igreja, comprometidos com nossa comunidade.
Outra dúvida que nos leva muito a pensar é: “qual o valor que deve ser o meu dízimo?”. Olhe, a Bíblia Sagrada nos fala que o Dízimo deve ser a décima parte de tudo o que ganhamos, mas, como a Igreja Católica conhece a necessidade e a vida de seus fiéis, trabalha um pouquinho diferente no que se diz a este respeito.
Diante disso, a Igreja propôs que as pessoas vissem as suas reais condições e devolvessem a partir de 1% de sua renda total durante o mês “conforme o impulso de seu coração”.
Por exemplo, quem ganha somente um salário mínimo por mês: R$ 678,00, irá separar 1% dele para o Dízimo, ou seja, R$ 6,78, já que ela em suas condições não podem devolver mais do que isso. Ou outro valor, conforme as suas condições financeiras, analisando sempre a sua consciência diante de Deus e das necessidades da comunidade ( adaptação, grifo meu).
Mas, também tem os casos que a pessoa ganha mais de um salário mínimo. Nisso, ele verá a partir de quanto deverá devolver.
Quaisquer dúvida, procure a Secretaria Paroquial de sua cidade e converse com o padre da sua Paróquia sobre tal situação ou então procure um missionário do Dízimo para que ele atenda e saiba responder às dúvidas que tem sobre este assunto. (adaptação, grifo meu).
Ademilson Medeiros de Azevedo
Coordenador Paroquial do Dízimo
Paróquia de Nossa Senhora da Conceição - Jardim do Seridó-RN
Adaptação do texto: Pe. Cláudio Dantas de Oliveira
Vigário paroquial de São João Batista - São João do Sabugi/Ipueira-RN
Fonte: http://gothjs.blogspot.com.br
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